AUTORES: Daniele Malaman;
Carlos Eduardo Oliveira dos Santos; Pedro Dirceu dos Santos;
Fernando Sefrin; Antonio David Salomão.
OBJETIVO: estudar a relação
entre esofagite endoscópica
(EE) e a hérnia hiatal (HH).
MATERIAL E MÉTODOS:
Análise retrospectiva de 261 casos com esofagites
endoscópicas diagnosticadas em 745 Endoscopias Digestivas
Altas no período de abril de 2001 a
abril de 2002 e a relação com a presença
de hérnia hiatal por deslizamento. O diagnóstico
de EE foi baseado na
classificação de Savary-Miller e HH foi classificada
em
pequena (2-3 cm), média (3-4 cm) e grande (maior
que 4 cm).
RESULTADOS: Dentre os pacientes
com EE (261/745=35%), 187 (71,6%) não apresentavam
hérnia hiatal e em 74 (28,4%)
a HH foi evidenciada. Dentre os pacientes sem HH, 167
(89,3%) tinham EE grau I, 16 (8,5%) grau II, 2 (1,1%)
grau III e 2 (1,1%) grau IV (Barrett). Dentre os pacientes
com HH, 44 (59,5%) tinham EE grau I, 14 (18,9%) grau II,
7 (9,4%) grau III e 9 (12,6%) grau IV (6 casos de Esôfago
de Barrett, 1 de estenose e 2 de úlceras esofágicas).
Conforme
o grau de EE e a presença de HH, 20,8 % dos pacientes
com
EE grau I apresentaram HH, 46,6 % dos pacientes com
EE grau II, 77,8% dos pacientes com EE grau III e 81,8%
com grau IV.
CONCLUSÃO: A
maioria dos pacientes apresentava EE grau I 211/261 (80,8%)
e não apresentava HH à endoscopia
( 71,6 %). A EE grau I é diagnosticada principalmente
na ausência da HH (167/187 = 89,3%), já que
com a HH este achado é de 59,5% (44/74), enquanto
que 60% (30/50) das esofagites graus II, III e IV estão
associadas à HH.