HISTÓRICO
No ano de 1992, Dr. Gavriel Iddan, engenheiro mecânico
do Ministério de Defesa de Israel, e o Prof. Eytan
Scapa, este um gastroenterologista da Escola de Medicina
de Harvard, pensaram em criar um diminuto “míssil”
que passasse pelo trato gastrointestinal e transmitisse
imagens ao longo do caminho.
Em Londres no ano 1995, Dr. Paul Swain criou um protótipo
de endoscópio sem fio e um ano após, pela
1ª vez, imagens do estômago de um porco foram
transmitidas ao vivo.
Em 1997 ocorre um momento histórico, com o desenvolvimento
da cápsula endoscópica e, no ano seguinte
somou-se o captador de imagens.
Na Digestive Disease Week 2000, foi apresentado o primeiro
trabalho científico sobre a cápsula endoscópica.
CARACTERÍSTICAS:
Parece um comprimido, mas não é! A CÁPSULA
ENDOSCÓPICA mede 11 x 26 mm, pesa 4g, apresenta um
sistema de lentes + video-câmera + baterias de óxido
de prata + antena. É revestida por material biocompatível
resistente ao sucos digestivos e progride com a peristalse
(movimentos gastrointestinais). Seu funcionamento depende
de uma bateria , cuja duração é de
9 horas.
REALIZAÇÃO DO EXAME
O exame é realizado ambulatorialmente e precedido
por um jejum de 8 horas. A CÁPSULA ENDOSCÓPICA
é ingerida com um pouco de água, dando início
ao procedimento endoscópico. A partir de então,
a cápsula passa a tirar 2 fotos por segundo (chegando
a gerar cerca de 60.000 fotos ao final do exame). Os dados
e as imagens são transmitidos, por radiofreqüência,
a sensores aderidos à parede do abdome, enquanto
a cápsula passa através do tubo digestivo,
e captadas pelo Given Data Recorder (computador do tamanho
de um “walkman”) preso à cintura do paciente.
Durante o exame o paciente pode realizar uma atividade normal
e inclusive ingerir líquidos passadas as primeiras
horas.
Após cerca de 8 horas, o paciente retorna à
Clínica com o “Data Recorder” para que
se possa fazer o processamento dos dados. A cápsula
é descartável !
EFICÁCIA
Esse método diagnóstico não-invasivo
permite um exame completo de todo o tubo digestivo, em especial
do intestino delgado.
- Os estudos clínicos demonstraram uma superioridade
de 71% quando se comparou a CÁPSULA ENDOSCÓPICA
com a enteroscopia, para o diagnóstico de patologias
do intestino delgado.
INDICAÇÕES:
Principais:
- Sangramentos digestivos de origem obscura;
- Anemia ferropriva.
RELATIVAS:
- Doenças inflamatórias;
- Poliposes;
- Suspeitas de tumores ou doenças do intestino delgado;
- Diarréias crônicas.
Sangramento de origem obscura é aquele
que persiste ou recorre, evidenciado através de anemia
ferropriva, teste de sangue oculto positivo e/ou sangramentos
visíveis, persistentes ou recorrentes, cuja investigação
endoscópica primária (Endoscopia Digestiva
Alta/ Colonoscopia) foi negativa.
Causas de sangramento em intestino delgado:
- Ectasias vasculares;
- Fístulas aorto-entéricas;
- Divertículo de Meckel;
- Úlceras;
- Doença de Crohn;
- Hemobilia;
- Wirsungorragia.
CONTRA – INDICAÇÕES:
Absoluta: Obstrução intestinal.
Relativas: Crianças, gestantes, diabéticos
e pacientes com marca-passo cardíaco.
CONSIDERAÇÕES:
A CÁPSULA ENDOSCÓPICA, que é uma revolução
tecnológica no campo da endoscopia digestiva, não
veio para competir com a endoscopia digestiva alta e baixa
(colonoscopia), mas para ser mais um método diagnóstico
disponível, principalmente de patologias do intestino
delgado, que até então tínhamos difícil
acesso.
A Clínica dos Drs Carlos Eduardo Oliveira dos Santos
e Daniele Malaman dispõe da CÁPSULA ENDOSCÓPICA
através de uma parceria com o Serviço de Endoscopia
do Hospital Nove de Julho (pioneiro deste método
diagnóstico no Brasil) em São Paulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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4- Appleyard M, Fireman Z, Glukhovsky A,
Jacob H, Sheiver R, Kadirkamanathan S, Lavy A, Lewkowicz
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5- Piqueras Pérez J, et al. Cápsula
endoscópica. Gastroenterologia Integrada 2001; 2(1):
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